Anjinho da guarda


-Por quê doi, vovó? - pergunta o pequeno Tommy no colo da avó. Choraminga pela morte do amigo.
-Porque ele era importante a você, querido - diz a avó de modo calmo e carinhoso.
-Ele não vai voltar? Não vou mais brincar com Jack? - diz erguendo a cabeça e olhando para a avó com os olhos marejados.
-Não pequeno, neste mundo não - diz a velha senhora - mas ele sempre vai estar nos seus melhores sonhos, sorrindo, brincando, e conversando com você.
-Mas eu quero ele sempre aqui, jogando bola comigo, me mostrando brincadeiras novas - diz choroso.
-Tem razão pequeno, não o verá - diz - mas sabe o porquê? - o menor nega com a cabeça - porque ele é seu anjinho da guarda, ele sempre estará lá te protegendo, te fazendo sorrir, te dando novos amigos, te mostrando o caminho certo, mesmo que você não o veja, ele está do seu lado. Mas não se preocupe, meu amor, vocês se verão de novo, mas vai demorar, e Jack quer, que nesse tempo, você aproveite a vida, brincadeiras, amigos, família, tudo que há de bom.
-Sério vovó? - diz Tommy com os olhos brilhando.
-É meu neto - diz ela.
-Como sabe? - pergunta.
-Porque, seu avô me contou - diz.
-Mas vovó, ele não foi embora também? - pergunta surpreso.
-Não pequeno, em corpo se foi, mas em alma, que é a bondade que temos aqui - diz com a mão sobre o coração do menor - ele está aqui do meu ladinho, como Jack está do seu.
Tommy sorri.
-Agora, meu precioso netinho - diz a velinha - feche seus olinhos, está na hora de dormir.
-E sonhar com Jack! - diz o pequeno ancioso e se deitando na cama.
-É meu anjo - diz a avó rindo e cobrindo o neto - boa noite.
-Boa noite.... Vovó - diz em meio a um bocejo.

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